Apae
08/06/2010
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Em qualquer atividade, seja ela econômica ou de subsistência pessoal, a disponibilidade de recursos humanos, materiais e financeiros é imprescindível para que a gestão alcance as metas previstas e chegue aos objetivos pretendidos, com a garantia de resultados positivos.
Não é diferente quando se trata de gestão de entidade com finalidade filantrópica, ou seja, sem fins lucrativos, como são nossas entidades que compõem o Movimento Apaeano – Federação Nacional, Federação Estadual e as Apaes.
Sem a garantia de contar com a disponibilidade desses recursos, a nossa missão tende ainda a ser mais complexa e trabalhosa, exigindo de nós gestores, outras habilidades que não ficam simplesmente no aguardo oportuno desses recursos, quando programados e garantidos.
Mesmo com todos os esforços despendidos em prol de arregimentar pessoas e recursos materiais e financeiros para serem aplicados em nossas atividades, sabemos, porém, que nem sempre somos agraciados com tais benefícios. Trabalhar com pessoas voluntárias nessa época chega a ser um contra-senso da lógica: a necessidade de buscar os meios de subsistência faz com que as pessoas se tornem mais dependentes de trabalhos que lhes proporcionem o retorno financeiro desejado.
O pouco tempo que resta às pessoas que estão integradas a esse mundo pseudo-moderno, sempre é utilizado para buscar mais conhecimentos técnico-científicos para os embates que a vida lhes cobra de forma alvissareira, não sobrando tempo para as ações de caráter voluntário, pelo menos é o que geralmente elas admitem.
Com tudo isso, fica cada vez mais difícil uma organização social contar com uma equipe composta de voluntários para desenvolver de forma contínua e responsável uma determinada atividade ou ação. Não fugindo à regra geral, esse é o caso que presenciamos em nossa instituição: a falta de pessoas que possam dedicar mais tempo de sua valorosa vida em favor da Causa Apaeana, e assim sendo, tem dificultado desenvolver as nossas metas de trabalho propostas no Plano de Ação.
No que diz respeito a recursos financeiros então a situação é ainda mais grave. Nossa instituição FEAPAES – TO não conta com nenhum tipo de repasse financeiro de origem governamental, ou seja, não temos convênios com nenhum órgão do Governo e nem Prefeitura local. A dificuldade de receber convênios esbarra na situação de que a instituição é articuladora de política pública e atua na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, não trabalhando, portanto, diretamente com o atendimento de alunos, como fazem as Apaes.
Nossas fontes de recursos financeiros, portanto, são bastante limitadas e se resumem na metade das mensalidades que as Apaes recolhem à Federação Nacional das Apaes; na participação na arrecadação do Projeto Apaenergia, em parceria com a Rede Celtins; nos resultados positivos das Campanhas realizadas pelo Movimento Apaeano em nível nacional, como é o caso do APAENOEL e Cartão de Natal.
Quando necessitamos realizar determinada atividade de maior abrangência e relevância, como nos casos de participação de Olimpíadas, Festivais Nossa Arte e Jogos Especiais das Apaes, a contribuição das Apaes é fator determinante para o sucesso da ação.
Que as dificuldades de toda ordem são reais ninguém duvida e sabíamos da existência delas. O importante disso tudo é que tais problemas não foram suficientes para nos contaminar ou deixar desestimulados, muito pelo contrário. Fomos buscar as alternativas de solução para viabilizar as nossas pretensões à frente da entidade e isso nos permitiu avançar em várias frentes de trabalho, como pode ser observado no Relatório de Atividades de 2009, que apresenta grande número de atividades que foram desenvolvidas em prol do Movimento Apaeano.
Realizamos a Olimpíada Estadual das Apaes no mês de setembro de 2009 em Porto Nacional, com o apoio indispensável da Apae local, e que contou com o maior número de participantes em toda a história dessa atividade.
Com o apoio das Apaes locais, realizamos três etapas do Festival Estadual Nossa Arte: 1ª etapa em Paraíso do Tocantins no mês de agosto; 2ª etapa em Tocantinópolis no mês de outubro; 3ª etapa em Fortaleza do Tabocão no mês de dezembro. A última etapa regional foi realizada na cidade de Gurupi no mês de março deste ano. A etapa estadual está programada para ser realizada com a parceria da Fundação Cultural do Estado que está em fase final de análise do projeto.
Participamos, com muito brilho, da XIX Olimpíada Nacional das Apaes realizada no mês de dezembro, em Belo Horizonte – MG, evento que teve a parceria com a Secretaria do Esporte que disponibilizou o meio de transporte com dois motoristas e apoio das Apaes com alunos participantes.
Empreendemos visitas aos Gabinetes de nossos Deputados Federais e Senadores em Brasília – DF no mês de outubro para nos posicionar como entidade representativa do Movimento Apaeano no Tocantins e cobrar de nossos representantes políticos apoio à nossa causa e obtivemos várias emendas parlamentares que foram incluídas no Orçamento Geral da União de 2010 em favor das Apaes.
Ainda em 2009, tivemos a grande honra de visitar um grande número de Apaes em nosso Estado (Gurupi, Cristalândia, Fátima, Aliança do Tocantins, Nazaré, Tocantinópolis, Fortaleza do Tabocão, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Miracema do Tocantins, Rio dos Bois, Bandeirantes do Tocantins, Lagoa da Confusão), participando de atividades e levando informação e conhecimento por meio de palestras de cunho motivacional e de gestão administrativa.
Outras ações não menos importantes também foram realizadas, conforme poderão ser verificadas em no Relatório de Atividades de 2009, que hoje disponibilizamos para todos os representantes das Apaes no Estado.
Para este ano de 2010, queremos ousar ainda mais. A conquista de nossa sede própria em Palmas é um sonho que não está muito distante de ser realizado: pedido feito ao Prefeito de Palmas foi deferido e aguarda procedimentos legais para doação da área, cujo processo deverá ser concluído até o final do mês de junho próximo.
Pretendemos, também, colocar em prática ainda este mês de maio, um grande projeto que prima pelo combate ao preconceito contra as pessoas com deficiências e possibilitará sustentabilidade ao Movimento Apaeano com a obtenção de recursos financeiros na comercialização de vários produtos culturais relacionados ao tema Down jeito no seu preconceito!, cuja parceria com o autor do projeto René Brunes deverá resultar no divisor de águas quanto ao posicionamento do Movimento Apaeano do Tocantins como difusor de idéias no contexto da arte-inclusão para todo o país e exterior.
A realização dos Jogos Especiais das Apaes 2010 em etapas regionais e final em Palmas tem o objetivo de proporcionar aos alunos das Apaes, de todas as regiões do Estado, uma atividade esportiva de forma permanente, a ser promovida, a partir de agora, em todos os anos.
Ações voltadas ao desenvolvimento do conhecimento de nossos gestores das Apaes e das Escolas Especiais, dos profissionais e funcionários, bem como cursos direcionados às famílias dos alunos, devem ser implementadas ao longo do ano com recursos financeiros objetos de Emenda Parlamentar em favor da FEAPAES - TO.
Várias outras ações estão previstas em nosso Plano de Ação 2010, que neste momento, os representantes das Apaes terão acesso para apreciação.
Portanto, nossa filosofia de trabalho continua apostando na união de esforços para alcançar nossas maiores conquistas. Por isso, precisamos que nossas Apaes estejam mais presentes conosco para trabalharmos de forma que os resultados positivos de nossas ações sejam distribuídos entre todas as células do Movimento Apaeano no Estado.
Vamos avançar muito mais em nossas conquistas, disso não temos nenhuma dúvida, basta darmos às mãos e confiarmos no potencial de cada um de nós.
Um abraço!
Nilson Alves Ferreira,
Presidente da FEAPAES – TO.