José Joelson Carvalho dos Santos
12/12/2024
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O Festival Nacional Nossa Arte 2024 segue sendo brilhantemente representado pela delegação tocantinense, que tem dado um verdadeiro show nos palcos, na plateia e ao aproveitar as maravilhas da capital fluminense. Este evento, um marco na luta pela inclusão e pelo respeito às pessoas com deficiência, proporcionou aos participantes a oportunidade de mostrar seu talento e criatividade, celebrando a arte como uma poderosa ferramenta de inclusão social.
Entre as modalidades que contaram com a participação de nossos artistas, o espetáculo foi um destaque à parte. A Apae de Porto Nacional-TO emocionou o público ao apresentar o espetáculo "Tributo ao Povo Nordestino", que encantou com figurinos e elementos de palco característicos da cultura nordestina. A apresentação também trouxe um forte simbolismo ao homenagear dois alunos da instituição que partiram durante a pandemia de 2019, em um tributo repleto de significado e sensibilidade.
Um momento especial ficou marcado pela participação da mãe de um dos alunos homenageados, que também é aluna da Apae. Sua presença trouxe uma dimensão ainda mais emocionante à apresentação, unindo realidade e cena artística em uma performance comovente e inspiradora.
Com performances como essa, o festival reafirma o papel transformador da arte, unindo talentos e histórias em uma celebração de diversidade e inclusão.
Com a coreografia "Dança do Coco", que narra a história das quebradeiras de coco do Tocantins, os alunos da APAE de Colinas-TO encantaram o público carioca, levando a riqueza de nossa cultura e compartilhando as raízes tocantinenses com o Brasil.
A Dança do Coco é um gênero musical típico das regiões Norte e Nordeste do país, com profundas influências indígenas e africanas. Ritmada pelo som de tambores, acredita-se que a dança tenha surgido dos toques ritmados feitos durante a quebra da casca do coco por escravizados, dando origem aos primeiros acordes dessa manifestação cultural.
A apresentação foi um momento de celebração e valorização da cultura tocantinense, conquistando corações e reforçando a importância de nossas tradições.
A APAE de Paraíso trouxe ao palco a emocionante temática "Celebre a Vida". A apresentação, em estilo livre, encantou com figurinos vibrantes e uma proposta repleta de energia, alinhada ao propósito da música e da interpretação: celebrar a vida enquanto houver fôlego, independentemente das circunstâncias.
Com uma mensagem de gratidão e positividade, a performance tocou os corações do público, reforçando a importância de valorizar cada momento e encontrar motivos para celebrar em qualquer situação.
A aluna Ana Alice, da APAE de Barrolândia-TO, emocionou o público ao interpretar a música "De Janeiro a Janeiro", da cantora e compositora brasileira Roberta Campos, e "Águas de Março" de Elis Regina. Com sutileza e maestria, Ana demonstrou serenidade e talento, conquistando a plateia com sua performance marcante e delicada.
Na categoria Artes Visuais, Nábio Ferreira de Souza, da APAE de Palmas-TO, apresentou a obra "Charme e Tradição", uma miniatura detalhada que retrata uma rústica casa de fazenda, capturando a essência da vida simples no campo.
A obra, construída com materiais reciclados, encanta ao recriar uma cozinha típica que desperta memórias sensoriais: o aroma inconfundível de café fresco e bolo assado, símbolos de momentos compartilhados com a família e a natureza. O cenário evoca lembranças de noites estreladas, onde histórias eram contadas pelos avós, e o calor do fogão a lenha aquecia tanto o ambiente quanto os corações.
Mais do que uma representação arquitetônica, a miniatura celebra a conexão profunda com a natureza e as tradições que moldam o modo de vida no campo, resgatando a harmonia, a tranquilidade e a beleza de um cotidiano sem pressa.
O aluno Claudionor Milhomem, da APAE de Formoso do Araguaia-TO, apresentou uma impressionante obra artesanal: um quadro de cavalo criado com a técnica de string art, utilizando pregos e linhas.
A peça destaca-se pela riqueza de detalhes e pelo domínio da técnica, que transforma materiais simples em uma representação vibrante e cheia de vida. Com precisão e criatividade, Claudionor capturou a elegância e a força do cavalo, encantando o público com sua habilidade artística.
A delegação tocantinense realizou uma visita histórica a pontos turísticos do Rio de Janeiro, incluindo o famoso Cristo Redentor, a praia de Copacabana o Maracanã e outros locais emblemáticos da cidade maravilhosa. O passeio, que teve como objetivo conhecer promovendo a inclusão social e destacando a importância de garantir acessibilidade e visibilidade às pessoas com deficiência, foi um momento de celebração e reflexão sobre os direitos e a igualdade de oportunidades para todos.
A ação teve início com a chegada ao Cristo Redentor, um dos maiores ícones do Brasil. A equipe tocantinense foi acompanhada por guias especializados que garantiram uma experiência rica e segura.
O passeio também reforçou uma mensagem importante: a inclusão das pessoas com deficiência não deve ser um privilégio, mas uma realidade cotidiana. As visitas aos pontos turísticos cariocas trouxeram à tona a necessidade de avançarmos na construção de uma sociedade onde todos, independentemente de suas limitações, possam acessar e desfrutar dos bens culturais, turísticos e históricos do país.