Uma pesquisa desenvolvida em uma escola pública do Distrito Federal constatou que o aprendizado e a prática do xadrez podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de estudantes com deficiência intelectual. Os 12 alunos que durante seis meses participaram das atividades com o xadrez apresentaram um  aumento médio da capacidade de atenção de 38%, segundo a pesquisa.

O estudo acompanhou o desenvolvimento de 12 alunos dos ensinos fundamental e médio da escola, situada na cidade do Paranoá. Antes do início do aprendizado do xadrez, os estudantes participaram de uma avaliação inicial para medir sua capacidade de atenção.

Essa avaliação foi feita por meio de um teste que estimula a ginástica cerebral, além de medir e desenvolver faculdades como atenção, raciocínio e a memória. Cada um dos alunos obteve uma nota nessa primeira avaliação.

Em seguida os alunos passaram seis meses aprendendo os movimentos e técnicas do xadrez, praticando o jogo com instrutores e até mesmo com outros colegas participantes da pesquisa.

Ao fim desses seis meses, uma nova avaliação foi feita junto aos estudantes, com a utilização do mesmo teste aplicado no início da pesquisa. A partir da comparação entre as notas obtidas nas duas avaliações, verificou-se que todos os 12 alunos apresentaram aumento da capacidade de atenção: dois deles tiveram aumento entre 21% e 30%; cinco, entre 30% e 40%; três, entre 40% e 50%; e dois, entre 50% e 57%. A média entre os 12 estudantes ficou em 38%.

Deste modo, podemos observar e afirmar que a prática do jogo de xadrez promoveu notavalmente o desenvolvimento da capacidade de atenção dos estudantes com deficiência intelectual, diz o professor Tiago de Sá Haag, responsável pela pesquisa, em um detalhado artigo que traz toda a metodologia utilizada durante os trabalhos.

Os resultados sugerem a ampliação da utilização do jogo de xadrez no ambiente escolar como um recurso pedagógico de grande importância para alunos com deficiência intelectual, na medida em que promove o desenvolvimento da capacidade de atenção destes estudantes, acrescenta o pesquisador, que é especializado em Educação Especial.

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Fonte: professor Tiago de Sá Haag